Aqui compartilhamos o que a Fazenda faz ...
Aqui compartilhamos nossas histórias de serviço à comunidade.
Um sonho que começou em 1957: a Fazenda Bona Espero, localizada em Alto Paraíso de Goiás, no coração da Chapada dos Veadeiros, é uma instituição educacional sem fins lucrativos, criada por esperantistas para promover o desenvolvimento humano e cultural da região de entorno do Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, conhecida, naquela época, como “Corredor da Miséria” de Goiás.
São parceiros da Fazenda Bona Espero, a OSCIP União Planetária, com 25 anos de atuação em prol de um novo modelo civilizatório, por meio de uma comunicação positiva implementada pela TV Supren; a Secretaria de Cultura do Estado de Goiás, que apoia a Rede dos Pontos de Cultura; a Prefeitura Municipal de Alto Paraíso de Goiás e o Centro de Esperantistas da Chapada.
Há várias maneiras de se envolver com o Ponto de Cultura Memorial Bona Espero. A União Planetária oferece uma equipe de elaboração de projetos para artistas e educadores que desejem realizar atividades culturais, artísticas, educativas, de criatividade e inovação. Voluntários também são bem-vindos, bastando apenas formalizar a parceria. O fortalecimento de mais esta flor no jardim de Alto Paraíso de Goiás, tornará a cidade mais bonita e feliz.
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Kaká Zinato - Maria do Carmo Zinato é gerente de projetos da União Planetária e contribui com a promoção positiva de organizações não governamentais sem fins lucrativos que buscam a promoção da paz.
O Ponto de Cultura Memorial Bona Espero nasceu em janeiro de 2023, inaugurando mais um espaço para a promoção da pluralidade cultural. Oferece à comunidade de Alto Paraíso, especialmente aos moradores do Setor Novo Horizonte, a oportunidade de potencializar iniciativas culturais e acesso aos meios de fruição, produção e difusão cultural. Seu calendário de variadas atividades culturais, artísticas e ambientais, somado ao espaço de exposição permanente do acervo histórico, promovem a construção de novos valores de cooperação e solidariedade.
O Memorial foi desenhado para ser um espaço sustentável, inclusivo, de convivência harmoniosa, como uma extensão da Escola Fazenda Bona Espero. Seu principal foco é o resgate da cultura do cerrado, quilombola e campo-cidade. Era assim, mesmo antes de ser Ponto de Cultura, quando ainda era uma casa de apoio da Fazenda na cidade, como um ponto de apoio aos estudantes que precisavam cursar o ginasial.
Por meio da parceria da OSCIP União Planetária, que soma 25 anos de atuação em prol de um novo modelo civilizatório, por meio de uma comunicação positiva implementada pela TV Supren, a casa, situada no Setor Novo Horizonte, foi restaurada, voltando à sua planta e cor original, para abrigar a Embaixada União Planetária e, dentro dela, o Ponto de Cultura Memorial Bona Espero. Nesse espírito de cooperação, muitas novidades estão sendo planejadas.
Fotos - A edificação da Memorial Bona Espero antes e depois da restauração
A Fazenda Bona Espero e a União Planetária conseguiram estabelecer no Memorial um ambiente que estimula a poesia e outras artes. Como todo Ponto de Cultura da Rede de Pontos de Cultura do Estado de Goiás, o Memorial Bona Espero procura promover, ampliar e garantir a criação e a produção artística e cultural; incentivar a preservação da cultura brasileira; garantir acesso aos meios de fruição, produção e difusão cultural; promover o intercâmbio entre diferentes segmentos da comunidade; e proteger o patrimônio cultural material e imaterial. Tudo isso com base na cooperação, solidariedade, ética, justiça e protagonismo social, integração com a natureza, valorização de uma comunicação positiva, pluralidade cultural, no respeito à Terra e à vida em toda sua diversidade.
Estima-se que o Memorial Bona Espero esteja beneficiando, direta e indiretamente, mais de 5 mil pessoas de Alto Paraíso de Goiás, entre crianças e adolescentes atendidos, seus familiares, colegas de escola e comunidade do bairro, influenciando e envolvendo de alguma maneira os formadores de opinião da cidade, como a Câmara dos Vereadores e a equipe da Prefeitura Municipal.
É um local que garante que a história de Bona Espero permaneça viva, incentivando, ainda, a troca de saberes entre diferentes gerações e a construção de novos conhecimentos que possibilitem uma educação integral.
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Kaká Zinato - Maria do Carmo Zinato é gerente de projetos da União Planetária e contribui com a promoção positiva de organizações não governamentais sem fins lucrativos que buscam a promoção da paz.
O Ponto de Cultura Memorial Bona Espero, inaugurado em fevereiro de 2023, funciona na sede da Embaixada União Planetária no Estado de Goiás, localizada no Setor Novo Horizonte, em Alto Paraíso de Goiás. A casa onde funciona, foi construída pela Fazenda Bona Espero para que os adolescentes atendidos, naquela época, pudessem cursar o ginasial, à noite, na cidade.
Dentre as atividades realizadas, estão três oficinas temáticas com crianças e adolescentes das escolas públicas de Alto Paraíso de Goiás: História e Cultura da Chapada dos Veadeiros, Educomunicação e Resgate da Cultura Agrocerratense (cultura, arte e meio ambiente). São atividades que, de várias formas, procuram transmitir a história da Chapada dos Veadeiros e promover a cultura e arte do cerrado, junto à população jovem.
Uma dessas atividades foi muito inspiradora! Foi contada pelo Sr. Lula, ainda pouco conhecido na cidade pelas crianças. Foi uma tarde memorável, no túnel do tempo, com a história do tapete mágico que veio parar em Alto Paraíso de Goiás, em 1983.
A história começa assim: era uma vez, em 1959, um menino de 9 anos, que hoje é o Sr. Luis José Cunha Lima (seu nome verdadeiro), que saiu de Recife (Estado de Pernambuco), com 7 irmãos e os pais, em direção ao Rio de Janeiro (Estado do Rio de Janeiro). Em 1960, mudaram-se para Goiânia (Estado de Goiás), motivados pela mudança da capital do país, na época da inauguração de Brasília.
Em Goiânia, o pai do menino Luís conheceu um homem que tinha uma propriedade rural, denominada Bona Espero, bem no coração de um lugar chamado “Chapada dos Veadeiros”. Era o Sr. Renato, que administrava, com o Sr. Veloso, aquele belo lugar. Esse Sr. Renato ia uma ou duas vezes por ano a Goiânia, por uma semana inteira, de segunda a sexta, para fazer compras e contatos... e acabou conhecendo a loja de equipamentos agrícolas, ferramentas, arado, pá, enxadas, martelo, furadeira... do pai do Sr. Lula. Tudo isso em Goiânia, na década de 60. Ficaram amigos. Tomavam café ou almoçavam juntos, na casa do menino Luís, que tinha somente 9 anos de idade.
O Sr. Renato gostava de educação e de crianças. Como havia 7 meninos lá na casa dos amigos de Recife, gostava de contar histórias. O pequeno Luís, ouvia atento e se encantou por uma palavra mágica, uma palavra diferente, simples, mas cheia de mistério e magia. A palavra mágica era... “Veadeiros”!
“Veadeiros era um lugar longe, sem asfalto, pra cima de Brasília, no nordeste goiano”, conta o Sr. Lula, lembrando-se daquele tempo. Aquela palavra mágica "dava voltas na cabeça" do pequeno Luís. Sua mãe, muito bonita e urbana, gostava muito da cidade e ficava impressionada que um homem, com origem na capital, morasse na roça, no interior. “Como consegue ficar lá, tão longe?”, perguntava ela.
O Sr. Renato fechava os olhos, se transportava um pouco e dizia "Lá é lindo, Dona Iraci!" O pequeno Luís viajava junto com ele, em pensamento, e se transportava para Alto Paraíso, para a Chapada dos Veadeiros, em um tapete mágico, um transporte espiritual, junto com o Sr. Renato. Isso aconteceu em 1961, 1962, 1963...
Esse “tapete voador”, que viajava para o lugar mágico chamado “Veadeiros”, só se concretizou em 1983. O pequeno Luís já tinha crescido, estava com 33 anos e trabalhava em Goiânia, no governo, no Instituto de Desenvolvimento Urbano e Regional (INDUR). Era um instituto com muitos arquitetos, urbanistas, geógrafos, estatísticos, engenheiros, sociólogos e outros técnicos do planejamento. Eles escolheram a região da Chapada dos Veadeiros para implantar o “Projeto Alto Paraíso”. Esse projeto, que deu início à cidade, está simbolizado pela estátua de um homem, quase de tamanho natural, o Arizinho, que deu nome à avenida Ari Ribeiro de Aragão Filho. Ele estava no aviãozinho que caiu perto da Pousada Camelot... e marcou a cidade com muita tristeza.
Trabalhando nesse órgão, o grande Luís finalmente terminou de fazer a viagem do seu “tapete mágico”. Ele contou que, na prática, o tapete mágico se transformou em Expresso Paraíso (hoje Expresso Real), o ônibus que o levou de Goiânia a Alto Paraíso. Era o dia 19/12/1983. Um dia inesquecível: o dia em que o menino Luís finalmente conheceu “Veadeiros”! Foi assim que o Sr. Lula chegou em Alto Paraíso, 40 anos atrás.
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Kaká Zinato - Maria do Carmo Zinato é gerente de projetos da União Planetária e contribui com a promoção positiva de organizações não governamentais sem fins lucrativos que buscam a promoção da paz.
Pontos de Cultura são entidades que desenvolvem ações socioculturais em suas comunidades de diversas formas: em casas, centros culturais ou outros espaços, tornam-se cada vez mais um local para a prática, o aprendizado e a vivência da cultura. São reconhecidos e apoiados financeira e institucionalmente pelo Ministério da Cultura (MinC) e, em Goiás, pela Secretaria de Cultura do Estado (SECULT).
O Memorial Bona Espero é um Ponto de Cultura que, no contexto do Movimento Pedagogia da Virtudes do qual a Fazenda Bona Espero faz parte, oferece às crianças e adolescentes de Alto Paraíso de Goiás atividades voltadas para a História e Cultura da Chapada dos Veadeiros; Educomunicação (Rádio/TV) e o Resgate da Cultura Agrocerratense (Cultura, Arte e Meio Ambiente), entre outros temas.
As imagens do Instagram MemorialBonaEspero mostram a variedade de atividades realizadas nas dependências da Embaixada União Planetária, onde funciona este Ponto de Cultura, e no município de Alto Paraíso de Goiás. Entre brincadeiras tradicionais, meditação e conversa com moradores que ajudaram a construir a cidade, os estudantes vão aprendendo sobre o lugar onde moram e sua relação com o país, com o Bioma Cerrado e com o mundo.
Mas as atividades ultrapassam os muros do Memorial: com a supervisão dos educadores Sat e Davi, as crianças e adolescentes já visitaram a Câmara dos Vereadores, a Casa de Cultura, a Fazenda Bona Espero, que deu nome ao Memorial, ateliês de artesanato, hortas e outros espaços criativos.
Por meio de oficinas de educomunicação, os estudantes aprenderam com a premiada jornalista Marisol algumas técnicas de produção audiovisual que lhes permitirão gravar a história de seus pais, avós e outros idosos da cidade. Nas sessões de sábado do Cine Supren, as jovens mentes “viajam” pelo país e pelo mundo, inclusive o mundo da imaginação!
Dessa forma, um dia de cada vez, o Ponto de Cultura está construindo um acervo tão rico e amplo, que será um local de visita obrigatória para todos que desejarem saber mais sobre a Chapada dos Veadeiros e sua cultura tradicional.
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Kaká Zinato - Maria do Carmo Zinato é gerente de projetos da União Planetária e contribui com a promoção positiva de organizações não governamentais sem fins lucrativos que buscam a promoção da paz.
Em um mundo cada vez mais preocupado com a sustentabilidade e a saúde, a ideia de cultivar uma horta em casa tem ganhado cada vez mais adeptos. Uma horta sustentável em casa não apenas oferece uma fonte de alimentos frescos, saudáveis e livres de agrotóxicos, mas também contribui para a redução do impacto ambiental. Ao cultivar seus próprios alimentos, as pessoas podem minimizar a dependência de produtos industriais e se alimentar de produtos orgânicos.
É o caso do sr. Humberto Pellizzaro e de sua esposa, Beatriz Pellizzaro, um adorável casal de idosos que encontrou a felicidade na simplicidade e na conexão com a natureza em Alto Paraíso de Goiás. Apesar de viverem sozinhos, eles transformaram seu pequeno quintal em um oásis de vida, cultivando com carinho sua própria horta. Todos os dias, Humberto e Beatriz dedicam seu tempo e energia para cuidar da horta, onde plantam verduras, legumes e frutas orgânicas. Essa atividade não apenas os mantém ocupados, mas também lhes proporciona uma sensação profunda de propósito e harmonia com o mundo ao seu redor.
Sr Humberto recebeu os alunos das oficinas do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero e explicou que sua horta sustentável em casa é como um laboratório de experimentos: ele e a esposa vão experimentando juntos o que dá certo e contornam as adversidades que encontram no caminho. Com alguns cuidados básicos e a escolha adequada das espécies a serem cultivadas, eles conseguem uma colheita satisfatória.
Sr. Humberto explica que para tornar uma horta doméstica ainda mais sustentável, é recomendável adotar práticas amigáveis ao meio ambiente, como a compostagem de resíduos orgânicos para a produção de adubo natural. Eles também utilizam outras técnicas sustentáveis de agroecologia, como a fossa ecológica com bananeira, para tratamento de águas de vaso sanitário, e um sistema de tratamento de águas cinzas, no qual aproveitam a água para irrigar um belo canteiro de agrião. Essas abordagens permitem o reaproveitamento de recursos e promovem o uso consciente da água, mostrando que é possível viver em harmonia com a natureza mesmo em um contexto urbano.
Cultivar uma horta sustentável em casa é uma maneira acessível e gratificante de contribuir para um estilo de vida mais consciente e ambientalmente responsável. Além disso, o sr Humberto afirma que o cultivo da horta em casa promove uma maior conexão com a natureza e estimula a consciência sobre a importância de uma alimentação saudável. A prática de cuidar das plantas, acompanhar seu crescimento e colher os frutos do próprio trabalho proporciona uma sensação de gratificação e bem-estar no casal. A história de sr. Humberto e de sua esposa inspira e nos lembra da importância de valorizar as coisas simples e do poder transformador da natureza em nossas vidas.
Já para as crianças, a visita à horta de sr. Humberto promoveu, de forma dinâmica e enriquecedora, o aprendizado dos princípios e práticas da agricultura sustentável, que faz parte da Cultura Agrocerratense. Durante essa atividade, os alunos tiveram a oportunidade de vivenciar na prática a aplicação de métodos e técnicas agroecológicas, compreendendo a importância da biodiversidade, da conservação e manejo do solo, e do uso eficiente dos recursos naturais.
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Bruna Marcela Lima é a coordenadora do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero
Graças à Secretaria de Cultura do Estado de Goiás, o Ponto de Cultura Memorial Bona Espero começou forte em Alto Paraíso de Goiás! No primeiro semestre de 2023, o Memorial Bona Espero oferece 3 oficinas abertas a crianças e adolescentes do Setor Novo Horizonte e das escolas da cidade, de modo geral. São elas:
História e Cultura da Chapada dos Veadeiros;
Educomunicação (Rádio/TV);
Resgate da Cultura Agrocerratense (Cultura, Arte e Meio Ambiente).
Em todas as aulas, os estudantes exercitam e desenvolvem a escuta ativa, a comunicação não-violenta, a memória, oratória, imaginação e criatividade, estimulando os participantes a aprenderem brincando. Os professores desenvolveram planos de aula baseados no Movimento Pedagogia das Virtudes, que convidar os participantes a refletirem sobre a evolução de nossa história.
Na oficina de História e Cultura da Chapada dos Veadeiros, por meio de processos criativos, com jogos sobre a história local, entrevista de idosos de seu bairro, contação de história, experimentação de algumas ferramentas ou técnicas usadas antigamente, de construção, de plantio, de pintura com terra, pretende-se integrar a cultura da tradição oral e a educação formal, o empírico e o científico, o histórico e a realidade atual. Faz parte desta oficina: reunião periódica com moradores antigos da cidade, escritores, artesãos e outros artistas da cidade, no Memorial Bona Espero ou em suas residências ou ateliês .
O Memorial Bona Espero mantém uma exposição permanente de alguns objetos, que não são mais utilizados hoje em dia, mas que existiam na Fazenda Escola Bona Espero, 60 anos atrás: diário de classe, máquina de escrever, mimeógrafo, lamparina e tantos outros.
Da mesma forma, a história de Alto Paraíso de Goiás, assim como a história do Brasil, tem registro de fatos absurdos, que não existem mais, como por exemplo, alguém ter e comercializar escravos. Antigamente, em algum momento, isso foi considerado "normal". Mas hoje, isso é um completo absurdo, porque todas as pessoas são seres humanos, indiferentemente de sua etnia, credo ou outras opções de vida.
Para que a humanidade seja cada vez melhor, é preciso olharmos a história com o olhar da evolução do pensamento humano. De acordo com Ulisses Riedel, fundador da União Planetária que é a principal parceira da Fazenda Escola Bona Espero, a Pedagogia das Virtudes é um caminho para um novo modelo civilizatório virtuoso. Uma pedagogia que convida cada pessoa a pensar sobre a própria história, sobre a história de sua família e sua cidade, a história de sua região e país, para buscar evoluir, com mais ética, com mais amor e solidariedade. Essa noção de evolução é uma das formas de o Ponto de Cultura ver a história local.
A oficina de Educomunicação (Rádio/TV) combina diversas habilidades: leitura, redação, comunicação, oratória, pré-produção, produção e pós-produção, bem cinegrafia, edição e finalização. A cocriação do roteiro, divisão de tarefas e a produção dos vídeos estimularam tanto a observação do que acontece em casa, no bairro, na cidade, no parque, na agricultura local, quanto a comunicação não-violenta, a negociação e o respeito ao outro, ao diferente .
Complementando as oficinas de educomunicação, aos sábados, o Cine Supren reforça a atenção para os detalhes da produção de imagens. Para um público de cerca de 30 pessoas, o Cine Supren, semanalmente, atraiu crianças e adultos amantes do cinema. Após algumas sessões, foram realizadas rodas de conversa sobre o tema, para tirar dúvidas, destacar alguma ideia principal e fazer análises a respeito da produção, roteiro, fotografia e outros aspectos da sétima arte.
O Cine Supren foi amplamente divulgado, tanto com faixas afixadas nos muros do Ponto de Cultura quanto com convites na rádio local, nas redes sociais e grupos WhatsApp da cidade.
Finalmente, a oficina de Resgate da Cultura Agrocerratense (Cultura, Arte e Meio Ambiente) tem foco nas políticas nacionais de meio ambiente, resíduos sólidos, recursos hídricos, unidades de conservação e outras.
Cada oficina realiza pequenos projetos relacionados aos ciclos naturais do cerrado (água, vegetação, solo, fauna e flora) e sua relação com o que fazemos em casa, no bairro, na cidade, no parque, na agricultura.
Os participantes são convidados a dialogar sobre os princípios que norteiam um organismo social saudável (princípios ambientais, culturais, artísticos, de uma alimentação saudável, entre outros) e passam a cooperar na cocriação de um espaço cultural e ambiental que sirva à comunidade, fortalecendo vínculos familiares e comunitários.
Os varais de desenhos foram viabilizados pela produção de desenhos pelas crianças. Trata-se de uma forma de expressão, das mais simples e fáceis, que permite aos educadores identificarem alguns problemas que precisam ser trabalhados na primeira infância. Principalmente após a pandemia, os estudantes se sentem mais à vontade desenhando do que escrevendo. Assim, optou-se por estimular os desenhos, como forma de coordenação motora fina e expressão dos sentimentos.
O Memorial Bona Espero, enquanto Ponto de Cultura, veio para Alto Paraíso de Goiás para somar com a rede de ensino, oferecendo outro espaço e outras atividades, dentro da mesma proposta de educação integral, que respeito o jeito de as crianças aprenderem, que é brincando!
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Kaká Zinato - Maria do Carmo Zinato é gerente de projetos da União Planetária e contribui com a promoção positiva de organizações não governamentais sem fins lucrativos que buscam a promoção da paz.
O Ponto de Cultura Memorial Bona Espero, por meio das Oficinas de Educomunicação e da História e Cultura da Chapada dos Veadeiros, vem fazendo pesquisas na Internet e também registrando preciosos depoimentos de moradores a respeito de como era a cidade nos seus primórdios. São fragmentos de memórias, casos e fatos que certamente estão contados em outras publicações, mas que registramos aqui, como parte do acervo do Memorial, juntando aquilo que está disperso e que depende da memória de muitos moradores.
De acordo com o website da Prefeitura, primeiro chegaram as tribos indígenas, como os cayapós, xavantes e guayazes. Hoje, em Goiás, encontram-se somente três comunidades indígenas aldeadas, ou seja, que vivem em aldeias: os Tapuia, nos municípios de Rubiataba e Nova América; os Yny Karajá, em Aruanã, e os Avá-Canoeiro, em Minaçu.
Depois vieram os bandeirantes em busca de minas de ouro e escravos foragidos, dando início ao ciclo da mineração nos arredores da região da Chapada dos Veadeiros, que levou ao surgimento de Cavalcante em 1740. Nessa época, Alto Paraíso de Goiás chamava-se Veadeiros e pertencia a Cavalcante.
O local onde hoje está a cidade era uma fazenda, fundada por Francisco de Almeida em um pequeno núcleo de colonização. Este nome foi dado por causa dos veados que povoavam a região, já que “veadeiros” são cães caçadores de veados. De acordo com o website da Prefeitura, conta-se que na localidade onde está a Av. Ary Ribeiro Valadão Filho, podia-se observar vários veados pastando o dia todo e não só veados, mas também lobos, emas, onças e jaguatiricas. Nos dias atuais ainda se observam alguns animais nos arredores da cidade.
A partir da fundação de Veadeiros, começam a se desenvolver a agricultura e a pecuária para atender a demanda gerada pela descoberta do ouro em Cavalcante. Com o passar do tempo, o ouro foi se esgotando e as lavras sendo abandonadas. Nessa época, conta o Sr. Humberto às crianças e adolescentes em uma atividade do Memorial Bona Espero, que os tropeiros circulavam por essas terras. Levavam as coisas produzidas na região, vendiam em cidades maiores e traziam sal. Faziam isso várias vezes por ano.
Em 1953, Veadeiros se emancipa de Cavalcante e, dez anos depois, recebe seu novo nome: Alto Paraíso de Goiás. O primeiro prefeito da cidade foi Salvino Ferreira da Silva (1953-58 e 1958-60).
Um fato muito importante na virada do século XX foi a passagem da Comissão Cruls que mediu o Pouso Alto, 1676 m (ponto mais alto do Planalto Central) e da Coluna Prestes em 1926 que passou em frente ao Jardim de Maytrea com 800 homens.
A cidade é conhecida mundialmente pelo movimento esotérico e espiritual que florece no município e região. A Prefeitura conta que o pioneirismo de inaugurar esse movimento se deve ao esperantismo que, em meados da década de 1950, instalou próximo ao Parque Nacional, a primeira Fazenda Escola da região – a Fazenda Bona Espero.
Em meados da década de 1960, funda-se mais uma Fazenda Escola desta vez por uma organização espírita, de natureza Kardecista, batizada com o nome de Cidade da Fraternidade. A partir daí, a migração dá um novo passo significativo, abrindo caminho para outros "buscadores" espirituais. O ex-prefeito Jair Pereira Barbosa conta que, em 1947, por meio de um convênio dos fazendeiros da região com a Missão Presbiteriana dos Estados Unidos, fundaram a igreja presbiteriana, que foi um marco na história de Alto Paraíso.
Toda essa ampla migração de místicos e alternativistas deu início a uma nova fase da região, que já vinha de um longo processo histórico de ocupação. O movimento esotérico e espiritual ampliou a diversidade cultural da cidade e acabou tornando-se exemplo de respeito às diferenças e harmonia com a natureza, que fazem um lugar com características únicas e originais. Hoje em dia toda riqueza histórico-cultural de Alto Paraíso tornou-se atração turística, sendo o turismo uma das principais atividades econômicas da cidade.
Conta o Sr. Luís José Cunha Lima (Lula) que uma parte importante da história de Alto Paraíso de Goiás aconteceu com o Instituto de Desenvolvimento Urbano e Regional (INDUR), com seus muitos arquitetos, urbanistas, geógrafos, estatísticos, engenheiros, sociólogos e outros técnicos do planejamento, que implantaram o “Projeto Alto Paraíso” na região da Chapada dos Veadeiros. Foi em 1981, quando começaram as obras do Projeto, com investimento do governo estadual, pertencente ao Plano de Desenvolvimento Integrado, destinado a transformar a Chapada dos Veadeiros em pólo turístico e de produção e industrialização de frutas.
Logo em seguida, em 1982, foi construída a GO 239 e o aeroporto. Nessa época, quando foi construído o prédio da Prefeitura, de acordo com relatos do Sr. Lula e outros entrevistados pelas crianças e adolescentes do Memorial Bona Espero, a cidade era pequena, bem menor do que é hoje. Tinha, no máximo, 2 mil habitantes.
Era constituída de famílias tradicionais, provavelmente avós ou bisavós das crianças de hoje, além de alguns técnicos remanescentes do projeto - engenheiros, profissionais da saúde, consórcio rodoviário, professores - e também pessoas ligadas ao “Movimento Rumo ao Sol”.
Foi uma época de muitas construções: pousadas, banco Itaú, hospital, sede da Prefeitura... Não existia a Cidade Alta, nem o Setor Novo Horizonte - tudo era um cerrado só! A cidade ia até onde hoje é a Oca. Era a primeira vendinha, já estabelecida, de João Bernardes Rabelo. O lado esquerdo tinha mais ocupação: Rua da Palha, a área onde hoje está Praça do Bambu, a igreja com algumas casas e o Hotel Tradição, que oferecia refeições para quem estava chegando ou de passagem. Havia um posto de gasolina onde hoje é a Câmara Municipal. Lá era o centro de Alto Paraíso.
O município, que dista 412 Km de Goiânia, é vizinho de Teresina de Goiás, Cavalcante, Colinas do Sul, Niquelândia, São João d´Aliança e Nova Roma. Para fins de comparação, em 2021 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou 7.751pessoas, ou seja, a população cresceu mais que 3 vezes bastante nos últimos 50 anos, tanto pelo turismo quanto pela força da agricultura que se instalou na região.
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Kaká Zinato - Maria do Carmo Zinato é gerente de projetos da União Planetária e contribui com a promoção positiva de organizações não governamentais sem fins lucrativos que buscam a promoção da paz.
O Morro da Baleia é uma forte referência ambiental do Cerrado na Chapada dos Veadeiros, o cartão postal da Chapada dos Veadeiros. É assim conhecido devido à sua semelhança com a forma da Mysticeti, que é uma sub-ordem dos cetáceos (baleias).
Com 1.501 metros de comprimento, ele fica localizado às margens da rodovia GO-239, estrada que liga Alto Paraíso a São Jorge.
O Morro da Baleia é uma formação rochosa em quartzito de onde se descortina vista panorâmica do Parque Nacional Chapada dos Veadeiros. O acesso é por trilha de 3km. Lá de cima, avista-se, ao longe, o Jardim de Maytrea.
Mas a vista não é só bela do Morro para a chapada. Da Fazenda Escola Bona Espero, o Morro da Baleia se destaca na paisagem por sua altura e dimensões, com um belíssimo pôr-de-sol bem na curva do “rabo da baleia”.
Do mirante na parte superior, na época da chuva, pode-se ver a bela Cachoeira da Bailarina, que é intermitente, ou seja, só possui água entre os meses de dezembro até fevereiro, março. O nome deve-se à ação do vento nas águas que jorram das rochas mais altas, fazendo com que bailem alegremente. O mirante vai até os limites do Parque Nacional Chapada dos Veadeiros.
A entrada da trilha pode ser feita pela propriedade do Sr. Josimar, compositor violeiro e proprietário da Chácara Capão da Gariroba, que não cobra a entrada... mas é sempre bom deixar uma contribuição voluntária para ele manter o local protegido. É importante levar água e lanche leve, trazer de volta muitas fotos e vídeos, mas nunca deixar resíduos sólidos – também conhecidos como lixo - para trás.
A vista do alto do Morro da Baleia é maravilhosa: um mar de cerrado, pedregoso, de terra esbranquiçada coberta por um tapete de dezenas de espécies de gramíneas, que florescem discretamente em diferentes épocas do ano, espalhando suas sementes que germinarão com as chuvas.
Havia uma estrada passando pelo meio da Baleia, para ir para São Jorge: “ou você ia pelo rabo da Baleia ou ia pelo buracão”, comentou o Sr. Lula, um dia, em reunião com as crianças do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero. Segundo ele, essa estrada provocou a primeira redução do parque.
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Kaká Zinato - Maria do Carmo Zinato é gerente de projetos da União Planetária e contribui com a promoção positiva de organizações não governamentais sem fins lucrativos que buscam a promoção da paz.
Uma das grandes atrações, que o Ponto de Cultura Memorial Bona Espero recebeu e compartilhou com as crianças e adolescentes que atende, foi a nutricionista, poeta e repista Claudia Lulkin.
Falou para as crianças e adolescentes das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) como a capuchinha e ora-pro-nóbis… plantas deliciosas, que crescem nos quintais dos moradores de Alto Paraíso! Há 12 anos, existe um trabalho muito importante a valorização dos frutos do cerrado na merenda escolar. É um trabalho relacionado à boa nutrição, mas também sobre plantar e cuidar da saúde.
Cor é muito importante na nutrição de uma pessoa: na comida é preciso ter cor, para reunir vários alimentos, com várias características nutricionais. Por isso, em uma horta, é preciso cultivar cores diferentes: cenoura, beterraba, verduras, tomates, para complementarem o arroz e o feijão e colorirem nossa mesa.
Claudia Lulkin declamou, com muita emoção e coração aberto, o Rep da Semente Crioula, que encantou os estudantes e educadores:
Tô mandando essa rima, tô aqui na União,
cantando esse rep, para todos meus irmãos.
Falo das sementes, que vão fazer a salvação.
a semente do veneno, eu não quero, não.
Quero liberdade e transformação.
Crioula é a semente para a nossa plantação
garantindo para as famílias uma boa nutrição.
Garotada do Zeca, atitude eu vou propor:
hoje, ontem e sempre, agradeço ao amor.
Solo fértil, água limpa, saúde e comunhão
vai ser na terra viva e será a redenção.
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Kaká Zinato - Maria do Carmo Zinato é gerente de projetos da União Planetária e contribui com a promoção positiva de organizações não governamentais sem fins lucrativos que buscam a promoção da paz.
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O Ponto de Cultura Memorial Bona Espero começou a oferecer oficinas para crianças e adolescentes em janeiro de 2023, conforme acordo com a Secretaria de Cultura do Estado de Goiás. Essas oficinas estão relacionadas à história da Fazenda Escola Bona Espero, que se mistura com a história de Alto Paraíso de Goiás; ao resgate da cultura agrocerratense, dos saberes e fazeres da região; e à educomunicação, como ferramenta para registro de todos esses aspectos culturais e artístico da cidade e entorno.
A Metodologia adotada faz parte do Movimento Pedagogia das Virtudes - em busca de um novo modelo civilizatório. Um modelo baseado em valores éticos, de solidariedade e amorosidade para com todos e com o mundo. A União Planetária, principal parceira da Fazenda Escola Bona Espero, advoga a erradicação dos males que prejudicam a sociedade humana por meio da prática das virtudes universais.
Outras metodologias utilizadas são do Aprendizado Baseado em Projetos (PBL), Comunicação Não-Violenta (CNV), Pedagogia da Cooperação e Co-Criação. Essas metodologias foram utilizadas em outros projetos bem sucedidos da União Planetária, em Brasília (DF) com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPDF). São metodologias e ferramentas pedagógicas adaptativas de facilitação que, de forma lúdica e eficiente, abrangem também a família, os moradores do bairro e de toda a cidade.
São utilizados os mais diversos recursos didáticos, exatamente para dar um caráter lúdico, divertido e humanizado à história da região, mantendo elevado o interesse dos estudantes, estimulando o desenvolvimento de suas diversas habilidades e promovendo a convivência social, com virtudes como solidariedade, respeito, ética, responsabilidade, compaixão e profundo amor por outros seres humanos.
As crianças e adolescentes, de idades variadas, são convidados a dialogar sobre os princípios que norteiam um organismo social saudável (princípios ambientais, culturais, artísticos, de uma alimentação saudável entre outros) e passam a cooperar na cocriação de um espaço cultural e ambiental que sirva à comunidade, fortalecendo vínculos familiares e comunitários.
Com foco nas políticas nacionais de meio ambiente, resíduos sólidos, recursos hídricos, unidades de conservação e outras, as oficinas realizam pequenos projetos relacionados aos ciclos naturais do cerrado (água, vegetação, solo, fauna e flora) e sua relação com o que fazemos em casa, no bairro, na cidade, no parque, na agricultura. Os participantes são convidados a dialogar sobre os princípios que norteiam um organismo social saudável (princípios ambientais, culturais, artísticos, de uma alimentação saudável entre outros) e passam a cooperar na cocriação de um espaço cultural e ambiental que sirva à comunidade, fortalecendo vínculos familiares e comunitários.
Nessa linha de atuação, a alimentação é um momento importante, porque, apesar de não ter a característica de uma oficina, é uma forma de educar o paladar, de estimular os cuidados com a saúde e os bons hábitos de higiene. A oferta de frutas, do cerrado ou não, é uma das características do lanche vegano oferecido pelo Memorial Bona Espero às suas crianças e adolescentes.
O Veganismo é um estilo de vida no qual os adeptos não comem e nem utilizam nada de origem animal, nem mesmo a carne ou os derivados de animais e produtos que tenham causado sofrimento a algum animal para poder ser comercializado. Dessa forma, vai além do vegetarianismo.
No livro Doce Rebelde, do fundador da União Planetária, Ulisses Riedel, o personagem principal questiona seus coleguinhas, se não gostam dos animaizinhos. Ele, de forma consciente e individual, afirma e reafirma que ama os animais e desperta, nos coleguinhas, uma revisão de seus valores. Dessa forma, no Memorial Bona Espero, ninguém é contra os hábitos de cada visitante ou participante das atividades oferecidas. Entretanto, o que é oferecido com muito amor, é uma alimentação baseada em frutas, legumes, cereais e outros alimentos naturais.
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Kaká Zinato - Maria do Carmo Zinato é gerente de projetos da União Planetária e contribui com a promoção positiva de organizações não governamentais sem fins lucrativos que buscam a promoção da paz.
O livro Doce Rebelde está disponível para aquisição no Memorial Bona Espero, em Alto Paraíso de Goiás, no restaurante Supren Verda e no Café Bistrô Utopia em Brasília.
O Ponto de Cultura “Memorial Bona Espero” realiza, periodicamente, alguns eventos especiais como o Cine Supren, seminários Pedagogia das Virtudes dentre outros. São eventos para um público de cerca de 50 pessoas, que acontecem no salão principal da Embaixada União Planetária.
O Cine Supren, que acontece nas tardes de sábado, está direcionado para o público infantil e adolescente, amantes do cinema. Desenhos animados, filmes infantis e de fundo motivacional, boas notícias da TV Supren e outros fazem parte do repertório apresentado. Serão exibidos também vídeos produzidos pelas próprias crianças e adolescentes, participantes das oficinas de Educomunicação, na medida em que forem editados e finalizados. Em breve será lançado o documentário sobre o Ponto de Cultura Memorial Bona Espero, realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura de Goiás e a REDE DE PONTOS DE CULTURA DO ESTADO DE GOIÁS em 2023.
Após cada sessão de Cine Supren, é realizada uma roda de conversa sobre o tema, para tirar dúvidas, destacar alguma ideia e fazer análises a respeito da produção, fotografia e outros aspectos da sétima arte. Foi amplamente divulgado quando começou, com notícia na rádio da cidade, faixa afixada no Ponto de Cultura e várias chamadas nas redes sociais e grupo whatsapp da cidade.
O Cine Supren faz parte da oficina de Educomunicação, sob a coordenação da jornalista da TV SUPREN, Marisol Kadiegi. Consiste na exibição de 1 filme por semana, com pipoca, seguido de debate sobre o tema exibido, sobre os artistas e o roteiro. É uma metodologia já praticada com sucesso em Brasília, pela parceira da Fazenda Escola Bona Espero, a organização da sociedade civil denominada União Planetária. No âmbito do Movimento Pedagogia das Virtudes, essas tardes de cinema foram palco de boas conversas sobre o conteúdo de filmes maravilhosos.
As oficinas culturais, como o Cine Supren, Sarau Cultural ou Seminários Pedagogia das Virtudes, são realizadas pela coordenadora do Ponto de Cultura, Bruna Marcela Lima de Souza, os oficineiros Sat e Davi, assim como a participação de voluntários. A Fazenda Escola Bona Espero, em parceria com a União Planetária, está ampliando cada vez mais sua rede de atuação, fortalecendo o Ponto de Cultura em busca de sua sustentabilidade.
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Kaká Zinato - Maria do Carmo Zinato é gerente de projetos da União Planetária e contribui com a promoção positiva de organizações não governamentais sem fins lucrativos que buscam a promoção da paz.
O Senhor Jair Pereira Barbosa, prefeito de Alto Paraíso de Goiás entre 1997 e 2000, e sua esposa Dona Aurora Gonçalves Barbosa, contaram um pouco da história de sua família e da cidade às adolescentes da Oficina de Educomunicação do Memorial Bona Espero, sob a supervisão da premiada jornalista da TV Supren Marisol Kadiegi.
Tudo começou com a Fazenda Veadeiros, com 3 casas. A avó do Sr. Jair morava em uma delas e todas abrigavam famílias numerosas, de cerca de 10 filhos, que foram casando entre eles e formando novas famílias.
As dificuldades da época eram muito grandes. Um exemplo foi a prova para o curso de Admissão, que existia naquela época: para fazer o teste, sr. Jair e mais quatro estudantes foram a cavalo, até Planaltina de Goiás e, de lá, para Goiânia. Foram 4 dias de viagem. Chegando a Goiânia, descobriram que tinham perdido o prazo. Saíram 2 dias antes da prova, mas não chegaram a tempo por causa da longa viagem. A pessoa que os levou contou aos diretores o que aconteceu, falou das dificuldades que enfrentaram, o que os compadeceu a ponto de permitirem que fizessem as provas. Entretanto, os diretores não acreditavam que os jovens passariam, porque nunca estudaram em colégios da capital, mas, assim mesmo, consentiram a aplicação dos exames. O Sr. Jair contou aos alunos do Memorial Bona Espero, com um ar de vitória, que todos eles passaram no teste!
Casado com Dona Aurora Gonçalves Barbosa há 63 anos, o casal teve 4 filhos homens, que geraram 9 netos e 5 bisnetos que moram em Alto Paraíso de Goiás, em Brasília e no Camboja, país do sudeste asiático, próximo do Vietnã. Outros moradores de Alto Paraíso também têm conexões no exterior, em vários países – inclusive um filho do casal Úrsula e Giuseppe Grattapaglia, da Fazenda Escola Bona Espero, já morou na Itália por muitos anos. Isso é importante para a cidade, pois passa a ser conhecida internacionalmente.
Quando foi prefeito de Alto Paraíso, no final dos anos 90, Sr. Jair foi responsável por 65 obras: a praça principal, onde foi entrevistado, a feira dos produtores, o centro cultural, três prédios, 20 e poucas casas, entre outras. Havia muito a ser feito.
Ele considera que sua passagem foi proveitosa para a cidade, apesar de não ter sido fácil – quando não há recursos disponíveis, é preciso trabalhar muito, para se conseguir um pouco. Para ele, valeu a pena a experiência. Não imaginava que seria capaz e, ao final, conseguiu muito. São lições para nossas vidas, reconhecer as dificuldades de cada tempo e a grandiosidade de pessoas que dedicaram sua vida para que hoje possamos usufruir de tempos melhores.
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Kaká Zinato - Maria do Carmo Zinato é gerente de projetos da União Planetária e contribui com a promoção positiva de organizações não governamentais sem fins lucrativos que buscam a promoção da paz.
Nascido em Pernambuco, César Adriano de Souza Barbosa, conhecido carinhosamente como SAT, é um homem apaixonado pela cidade de Alto Paraíso de Goiás. Embora não seja nativo, ele se encantou pela região e decidiu estabelecer raízes neste paraíso ecológico. Com formação em química e mestrado em Química Teórica pela Unesp, além de ser especialista em Sociobiodiversidade e Sustentabilidade no Cerrado pela Universidade de Brasília, SAT traz consigo um vasto conhecimento e uma paixão ardente pela preservação ambiental.
Como professor, pesquisador e arte-educador ambiental, SAT dedicou-se a coordenar e participar de diversos projetos de Educação Ambiental e Agroecologia na Chapada dos Veadeiros. Sua atuação abrange as principais escolas de Alto Paraíso, o Centro UnB Cerrado e o Instituto IPEARTES, Rede Pouso Alto Agroecologia (ECOFORTE), e o NASPA - Núcleo Alimentação Sustentável. SAT escreveu livros, publicações e ajudou na criação da Feira Popular da Agricultura Familiar - realizada semanalmente em Alto Paraíso de Goiás. Suas obras são referências.
SAT é um exemplo notável de tantos "forasteiros" que se encantam pela cidade de Alto Paraíso de Goiás e acabam se estabelecendo como moradores permanentes. Ele representa aqueles que inicialmente visitaram a região em busca de lazer e tranquilidade, mas que, ao descobrirem a beleza e o estilo de vida único que a cidade oferece, se apaixonaram e decidiram fazer dela seu lar.
Alto Paraíso de Goiás, com sua natureza exuberante e energia espiritual, tem o poder de cativar e conquistar corações. É um local onde a conexão com a natureza é intensa, as paisagens são deslumbrantes e a atmosfera é permeada por uma aura de tranquilidade. A cidade oferece um ambiente propício para quem busca uma vida mais equilibrada, saudável e em sintonia com o meio ambiente.
Essa história de pessoas que se mudam para Alto Paraíso após uma visita inicial é um fenômeno recorrente na região. Muitos são atraídos pelas cachoeiras deslumbrantes, pelas trilhas desafiadoras e pela cultura local vibrante. A mistura única de espiritualidade, ecologia e estilo de vida alternativo presente na cidade cria uma atmosfera singular que captura o coração daqueles que a experimentam.
O amor à cidade, a conexão com a natureza e o desejo de contribuir para um futuro melhor são os fios condutores que unem essas pessoas e tornam Alto Paraíso de Goiás um local verdadeiramente especial.
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Bruna Marcela Lima é a coordenadora do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero.
O Ponto de Cultura Memorial Bona Espero funcionou, no primeiro semestre de 2023, com três oficinas temáticas: sobre história, educomunicação e cultura do Cerrado. As atividades realizadas pelos educadores Sat, Davi e Marisol geraram trabalhos tão lindos, tão espontâneos das crianças e adolescentes, que desejamos eternizá-los na forma de e-books.
Na prática, os livros eletrônicos não são publicações técnico-científicas, em pdf. Optamos por fazer publicações singelas, coloridas, muito ilustradas, para crianças e adolescentes, buscando valorizá-las, registrando suas atividades e alguns bons momentos do que viveram no Ponto de Cultura.
Foram gerados 2 e-books: o primeiro sobre as atividades realizadas que foram além das oficinas: houve Cine Supren semanal (cinema com pipoca), sarau, seminário, varal de desenhos e, principalmente, muita descontração. Então, entre fotos e desenhos, os e-books registram em formato pdf os momentos nas trilhas, visitas feitas à Câmara Municipal, Casa de Cultura, Fazenda Bona Espero e outras atividades.
As criança e adolescentes participaram e conheceram muitas pessoas nesse semestre de 2023: ampliaram seus horizontes, aprenderam sobre várias profissões e, certamente, não são as mesmas que chegaram em janeiro. Aprender brincando, aprender fazendo e aprender por meio de projetos como espiral de ervas ou produção de vídeos, são metodologias já validadas em muitas escolas. Brincar é uma das formas mais eficazes de uma criança aprender.
Ao conhecer mais sobre um morador da cidade, a criança também conhece fragmentos da história de sua cidade e região que não estão necessariamente em livros. É a transmissão oral da memória. É a vivência dos espaços, principalmente do Cerrado, que são cultura e história. Trata-se de ensino e resgate, de conexões sociais e de ampliação dos mapa de referências positivas individuais, para a definição do “que quer ser quando crescer”.
Esses e-books são os primeiros de muitos outros que virão, com novas atividades, novos projetos e muito aprendizado! Clique aqui para ver a Biblioteca do Memorial.
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Kaká Zinato - Maria do Carmo Zinato é gerente de projetos da União Planetária e contribui com a promoção positiva de organizações não governamentais sem fins lucrativos que buscam a promoção da paz.
Entre os integrantes que contribuem para o sucesso do projeto Ponto de Cultura Memorial Bona Espero, destaca-se uma mulher inspiradora chamada Patrícia Cardoso. Patrícia assumiu a responsabilidade de oferecer lanches saudáveis e saborosos para as crianças, adotando uma abordagem totalmente vegana em suas preparações. Com sua habilidade culinária excepcional, ela preparou pães com pastinhas de semente de girassol, grão-de-bico e azeitona, além de bolos deliciosos e tortas de legumes, tudo sem o uso de leite de vaca ou ovos.
A preocupação de Patrícia com as crianças do projeto foi além: ela ofertou, por conta própria, chás caseiros feitos com ervas cultivadas em seu próprio quintal. Hortelã, erva-cidreira, capim-limão e hibisco foram algumas das opções disponíveis. Essas bebidas não apenas hidratavam as crianças, mas também proporcionavam benefícios à saúde, graças às propriedades naturais das ervas. A dedicação de Patrícia em utilizar ingredientes frescos e saudáveis refletia seu compromisso em fornecer o melhor para as crianças do projeto.
O envolvimento de Patrícia pela culinária vegana e alimentos saudáveis à crianças não é recente. Nos anos de 2013 e 2014, ela trabalhou na Fazenda Escola Bona Espero, onde teve a oportunidade de conhecer a Sra. Úrsula e o Sr. Giuseppe Grattaplagia. Durante esse período, Patrícia também estava envolvida na preparação dos lanches das crianças que estudavam na Fazenda. O filho de Patrícia, Michael Matheus, nascido em 2001, também estudava lá. Hoje, ela se lembra com muito carinho dessa época.
Ela trabalhou em outros locais da cidade, como pousadas e escolas, sempre com foco na cozinha vegana. Com sua dedicação e criatividade, ela prepara comidas saborosas e nutritivas e ganha elogias aonde quer que vá.
Patrícia veio até o Ponto de Cultura e compartilhou um pouco de sua história, antes mesmo de ser contratada pelo projeto. O destino pareceu unir Patrícia e Fazenda Bona Espero novamente.
Este é um exemplo notável de como a comida pode unir pessoas e comunidades. A inspiração e o impacto positivo deixados por Patrícia demonstram o poder que uma pessoa pode ter ao compartilhar seu amor pela comida vegana e promover mudanças significativas na comunidade ao longo dos anos.
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Bruna Marcela Lima é a coordenadora do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero.
Edna de Moura Sobrinho, atualmente diretora da Escola Municipal Zeca de Faria, é uma mulher extraordinária que traz consigo uma história de dedicação à educação. Nascida na comunidade rural do Sertão, que faz parte do município de Alto Paraíso, Edna cresceu em uma família numerosa: seus pais tiveram 11 filhos.
Quando tinha apenas 2 anos de idade, ela mudou-se para a cidade de Alto Paraíso com sua mãe e alguns irmãos, enquanto seu pai permaneceu trabalhando no campo junto a outros irmãos. Essa mudança marcou o início de uma nova jornada para Edna, que passou a viver e estudar na cidade.
Apesar de não ter inicialmente o desejo de seguir a carreira de professora, dadas as circunstâncias, Edna decidiu fazer o curso de magistério. Ao concluir o curso, mesmo sem experiência, foi convidada a lecionar na Escola Municipal Dr. Gerson de Farias, assumindo a turma do 3º ano. Esse foi o primeiro passo em sua carreira na educação.
Ela trabalhou em diversas outras escolas da cidade de Alto Paraíso ao longo dos anos. Determinada a crescer ainda mais, Edna embarcou no curso de Pedagogia e passou no concurso para professora da cidade! Edna foi nomeada professora da Escola Municipal Zeca de Faria em 2006.
Em 2018, ocorreu uma eleição para a direção da escola, mas não houve candidatos interessados em ocupar o cargo. Foi nesse momento que o então prefeito da época reconheceu o comprometimento e dedicação de Edna e a convidou para assumir a posição de diretora da escola. Sem hesitar, Edna aceitou o desafio e tem exercido esse papel desde então.
A atuação de Edna como diretora da Escola Municipal Zeca de Faria tem sido marcada por uma abordagem comprometida e inovadora na educação. Ela busca constantemente promover um ambiente inclusivo, estimulante e acolhedor para os alunos, professores e demais membros da comunidade escolar. Sua liderança tem sido fundamental para o desenvolvimento de projetos educacionais significativos, contribuindo para o crescimento e o sucesso dos estudantes. Edna foi a primeira diretora a formar uma parceria com o Ponto de Cultura Memorial Bona Espero.
Edna de Moura Sobrinho é uma mulher determinada que, apesar das adversidades e desafios enfrentados em sua trajetória, escolheu dedicar-se à educação e fazer a diferença na vida de tantas crianças e jovens. Sua paixão pelo ensino, aliada à sua experiência e conhecimento, tem sido um fator de transformação na comunidade de Alto Paraíso.
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Bruna Marcela Lima é a coordenadora do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero.
Alto Paraíso de Goiás, situada no coração da Chapada dos Veadeiros, é uma região conhecida por sua energia única e pela conexão com a natureza. Nesse ambiente propício, o parto natural humanizado tem ganhado destaque, mesmo diante da ausência de clínicas ou hospitais preparados para realizar esse tipo de parto. Neste artigo, exploraremos a relação entre o parto natural humanizado, Alto Paraíso de Goiás e a experiência das gestantes, que dão à luz em domicílios, fora do ambiente hospitalar e contando com a ajuda de parteiras.
Parto Natural Humanizado: O parto natural humanizado é uma abordagem que valoriza a fisiologia do parto, respeitando os ritmos e as necessidades do corpo feminino. Essa prática busca empoderar as mulheres, colocando-as no centro do processo de dar à luz, e minimiza intervenções médicas desnecessárias. Em Alto Paraíso de Goiás, mesmo com a falta de estruturas hospitalares especializadas, as gestantes encontram formas alternativas de vivenciar o parto natural, em ambientes mais acolhedores e naturais.
Alto Paraíso de Goiás e a Chapada dos Veadeiros: Alto Paraíso de Goiás é reconhecida por atrair pessoas em busca de um estilo de vida saudável, consciente e em harmonia com a natureza. Embora a região não possua clínicas ou hospitais capazes de realizar partos, a conexão com a natureza desempenha um papel fundamental na vivência do parto natural. As mulheres têm a oportunidade de trazer seus filhos ao mundo em um ambiente cercado por paisagens deslumbrantes, ar puro e energia revitalizante. A ausência de intervenções médicas excessivas permite que o processo de nascimento siga seu curso natural, proporcionando às gestantes uma sensação de empoderamento, confiança e respeito por seus corpos.
A Rede de Suporte: Apesar da falta de estruturas hospitalares especializadas, a comunidade de Alto Paraíso de Goiás se mobiliza para oferecer suporte às gestantes que optam pelo parto natural humanizado. Doulas, parteiras e profissionais de saúde capacitados estão disponíveis para acompanhar e assistir as mulheres durante todo o processo, fornecendo cuidados especializados, apoio emocional e informações relevantes. Além disso, grupos de apoio e redes de mulheres compartilham experiências e fortalecem a confiança mútua, criando uma rede de suporte vital.
A Importância das Parteiras e Parideiras: Dentro desse contexto, é fundamental ressaltar a importância da figura da benzedeira e parteira Dona Flor, residente do Povoado Moinho na Chapada dos Veadeiros. Dona Flor, com sua sabedoria ancestral, representa a tradição e o conhecimento transmitidos de geração em geração. Ela desempenha um papel significativo na comunidade, auxiliando e conduzindo inúmeros partos ao longo dos anos. Sua presença fortalece a conexão entre as mulheres, a natureza e a ancestralidade, oferecendo suporte emocional, orientações e técnicas tradicionais que auxiliam as mulheres durante o processo de dar à luz.
Conclusão: O parto natural humanizado em Alto Paraíso de Goiás encontra acolhimento na força da natureza e na comunidade comprometida em oferecer suporte às gestantes. A conexão com a natureza, aliada aos profissionais capacitados e à presença de figuras como Dona Flor, benzedeira e parteira, tornam esse momento único e transformador para as mulheres que escolhem vivenciar o parto de forma mais natural e respeitosa. Elogiamos a dedicação e o conhecimento das parteiras e parideiras, que desempenham um papel essencial, guiando as mulheres nessa jornada íntima de dar à luz, preservando a tradição e valorizando a força feminina. Alto Paraíso de Goiás e a Chapada dos Veadeiros se destacam como um local onde o parto natural humanizado encontra acolhimento, permitindo que as gestantes vivenciem o nascimento de seus filhos em harmonia com a natureza e com o apoio de uma rede de suporte comprometida e amorosa.
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Danilo Souza Santana integra o apoio administrativo do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero como voluntário.
No dia 10 de junho de 2023, a cidade de Alto Paraíso de Goiás foi palco de um evento único e encantador: o Sarau do Memorial Bona Espero. Reunindo artistas locais e público entusiasta, essa celebração cultural proporcionou uma noite memorável repleta de poesia, música e gastronomia vegana com comidas típicas de festa junina.
Desde o início, ficou evidente que o Sarau do Memorial seria um evento especial. O evento ocorreu na Embaixada da União Planetária e contou com diversos parceiros, como o Bistrô Utopia, um estabelecimento que doou deliciosas comidas veganas, adicionando um toque sustentável à festividade. A colaboração do Bistrô Utopia não só alimentou os presentes, mas também fortaleceu a mensagem de respeito e consciência em relação à natureza e aos animais.
Dentre os artistas que se apresentaram, Juju Erê, Rafael Longo e Claudinha se destacaram com suas performances envolventes e autênticas. Juju Erê, uma mulher negra empoderada, mostrou sua habilidade como compositora, intérprete e violonista, encantando a plateia ao apresentar algumas de suas próprias canções. Sua presença no palco foi uma poderosa afirmação da diversidade e representatividade na música.
Rafael Longo revelou que encontra no universo musical um caminho de autoconhecimento. Durante sua apresentação, ele compartilhou músicas de sua autoria, transmitindo emoções e sentimentos internos por meio de suas composições. Sua sinceridade e conexão com a arte cativaram a todos os presentes, tornando-se uma fonte de inspiração para aqueles que estavam em busca de expressão pessoal.
Claudinha, por sua vez, é uma figura de referência para a cultura em Alto Paraíso, além de ser uma ativista de uma alimentação mais saudável e vegetariana. Com seu Rap da Semente Crioula, ela trouxe à tona questões relacionadas à nutrição consciente, convidando a todos para refletir sobre a importância de escolhas alimentares sustentáveis e éticas. Claudinha demonstrou que a arte e a cultura podem ser ferramentas poderosas para disseminar mensagens positivas e transformadoras.
O Sarau Alto Astral foi marcado também pela participação das crianças do projeto do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero, que tiveram a oportunidade de se envolver na festividade, demonstrando seu talento e entusiasmo pela arte. A presença do público, que veio prestigiar o evento, foi essencial para criar uma atmosfera de união e apoio a esses artistas mirins.
A surpresa da noite veio quando Natasha, uma participante do público, subiu ao palco acompanhada de seu filhinho de 1 ano e 6 meses, amamentando. Ela recitou um lindo poema que inspirou a todos os presentes.
Com todos esses ingredientes, o Sarau Alto Astral do Memorial foi um sucesso retumbante. A diversidade de talentos e a energia positiva que permeou o evento cativaram o público, criando um ambiente acolhedor e estimulante para a arte e a cultura. Através da música, da poesia e da culinária vegana, essa celebração ressaltou a importância da criatividade, do respeito às diferenças e da consciência sustentável.
O Sarau Alto Astral do Memorial permanecerá como uma lembrança viva na mente e nos corações de todos que tiveram o privilégio de participar. Esse evento maravilhoso nos lembrou do poder transformador da arte e da cultura, reunindo pessoas em torno de valores comuns de inclusão, expressão pessoal e conscientização ambiental. Que eventos como esse continuem a florescer, inspirando e unindo comunidades ao redor do mundo.
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Danilo Souza Santana integra o apoio administrativo do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero como voluntário.
Alto Paraíso de Goiás tem sido o destino de muitas pessoas em busca de novas oportunidades e experiências. Entre esses aventureiros está Davi Rabelo, um jovem de 26 anos, cheio de entusiasmo e determinação para construir um futuro promissor. Apesar de ter chegado à cidade há pouco tempo, Davi já deixou sua marca como oficineiro no Ponto de Cultura Memorial Bona Espero, conquistando o coração das crianças com seu carisma e extroversão.
Desde que chegou a Alto Paraíso, Davi tem sido uma presença cativante na comunidade. Sua personalidade alegre e amigável fez com que ele conquistasse muitas amizades em pouco tempo. Sua capacidade de se conectar com as pessoas e criar laços genuínos é admirável, tornando-o uma figura querida por todos que o conhecem.
Um aspecto que tem encantado Davi desde sua chegada é a exuberante natureza de Alto Paraíso. O cerrado, com suas paisagens deslumbrantes e biodiversidade única, conquistou seu coração. Davi se maravilha com as cachoeiras cristalinas, trilhas fascinantes e o ar puro que permeia a região. Sua conexão com a natureza é evidente, e ele encontra inspiração e serenidade nos cenários que a cidade oferece.
Alto Paraíso de Goiás tem sido abençoado por receber pessoas como Davi Rabelo, que trazem consigo energia positiva, paixão pela vida e uma vontade incansável de crescer.
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Bruna Marcela Lima é a coordenadora do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero.
No Ponto de Cultura Memorial Bona Espero, um importante educador chamado Sat desempenha um papel fundamental. Sat é um oficineiro dedicado que ensina crianças sobre agroecologia, um sistema agrícola que valoriza a harmonia entre o ser humano e a natureza. Além disso, Sat também é instrutor de Yoga e incorpora essa prática em suas atividades com as crianças antes de transmitir o conteúdo de sua oficina.
Yoga, Meditação e Agroecologia: Uma Aliança Poderosa
A Yoga, meditação e agroecologia compartilham valores e princípios semelhantes, buscando a harmonia entre o indivíduo e o ambiente ao seu redor. Enquanto a agroecologia promove sistemas agrícolas sustentáveis, livres de produtos químicos prejudiciais e respeitosos aos ciclos naturais, a Yoga e a meditação buscam o equilíbrio entre o corpo, a mente e a conexão com o eu interior e o mundo ao redor.
Práticas de Yoga e Meditação com as Crianças
Antes das atividades no Ponto de Cultura Memorial Bona Espero, Sat realiza sessões que envolvem práticas corporais e meditativas com todas as crianças. Essas sessões incluem posturas adaptadas à idade das crianças, exercícios de respiração consciente, momentos de relaxamento e meditação. Ao final de cada sessão, a prática de meditação permite que as crianças se conectem consigo mesmas, acalmem suas mentes e cultivem a consciência plena do momento presente. Isso as prepara para a aula de Agroecologia que virá logo em seguida.
Benefícios da Prática de Yoga e Meditação na Infância
A prática de Yoga e meditação na infância oferece uma ampla gama de benefícios físicos, mentais e emocionais. Em termos físicos, as posturas de Yoga ajudam a desenvolver força, flexibilidade e equilíbrio, promovendo uma boa postura e consciência corporal saudável. A meditação, por sua vez, ensina as crianças a acalmar suas mentes, reduzir o estresse e a ansiedade, promovendo um maior equilíbrio emocional.
Além disso, a prática regular dessas técnicas melhora a concentração e o foco das crianças, tornando-as mais atentas e presentes no momento. Isso é particularmente valioso no contexto do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero, onde as crianças aprendem sobre agroecologia e interagem com a natureza. A Yoga e a meditação ajudam a aprimorar a consciência ambiental das crianças, permitindo que se sintonizem com os ritmos naturais e apreciem a beleza e a complexidade do mundo natural ao seu redor.
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Danilo Souza Santana integra o apoio administrativo do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero como voluntário.
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Duas professoras da escola municipal Zeca de Faria, Andreia e Neta, compartilham a nostalgia de uma infância vivida na cidade de Alto Paraíso de Goiás. Ambas nasceram em comunidades rurais, vieram ao mundo trazidas por parteiras, enfrentaram desafios, mas tiveram aprendizados valiosos e uma felicidade genuína em suas infâncias.
Elas contam que a vida em Alto Paraíso era muito diferente. As crianças brincavam nas ruas, exploravam cada canto da cidade e se reuniam com os vizinhos. Conheciam todos ao seu redor, criando laços de amizade que durariam por toda a vida. Ao entardecer, o cenário ganhava um toque mágico, quando uma fogueira era acesa e os vizinhos se reuniam na frente de suas casas para conversar e se divertir.
As professoras recordam com carinho dos momentos compartilhados em comunidade. A vida era simples, mas repleta de momentos engraçados. Neta se lembra de como sua mãe corria na loja local para comprar um tecido que acabara de chegar a fim de lhe fazer um vestido novo. Porém, todas as mães tinham a mesma ideia, e, como resultado, as crianças apareciam com roupas da mesma estampa! Era muito engraçado de se ver, Neta diz.
Andreia compartilha uma história particularmente tocante. Desde muito jovem, ela começou a ajudar a família tomando conta de outras crianças como babá. Mesmo sendo uma responsabilidade precoce, ela encontrou força e determinação para conciliar o trabalho com seus estudos. Essa experiência moldou seu caráter e forjou seu desejo de dedicar sua vida à educação.
As memórias de Andreia e Neta são um lembrete poderoso da importância da simplicidade e da conexão humana. Em um mundo cada vez mais acelerado e tecnológico, essas histórias nos convidam a valorizar as relações interpessoais e o prazer das atividades simples. Elas nos lembram que, mesmo em uma cidade pequena como Alto Paraíso de Goiás, há uma riqueza inestimável na comunidade e nas experiências compartilhadas.
As histórias de Andreia e Neta nos convidam a refletir sobre a importância de preservar as tradições e valores de uma comunidade. É essencial valorizar e compartilhar essas histórias que moldam a identidade de um local.
As duas professoras nativas, com seus corações cheios de gratidão por suas origens e amor por sua comunidade, continuam a moldar e inspirar as gerações futuras por meio da educação. Seu trabalho árduo e devoção são um verdadeiro presente para Alto Paraíso de Goiás.
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Bruna Marcela Lima é a coordenadora do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero.
A agroecologia tem se destacado como uma abordagem sustentável para a agricultura, buscando a harmonia entre os sistemas agrícolas e o meio ambiente. Uma das práticas fundamentais nesse contexto é a compostagem, que consiste na transformação de resíduos orgânicos em adubo natural de alta qualidade. Além disso, a criação de espirais de ervas feitas de telhas coloniais reaproveitadas é uma técnica interessante para o cultivo de ervas medicinais e culinárias.
Técnicas de Compostagem: Criando uma Composteira no Chão
A compostagem é um processo natural em que microrganismos decompositores transformam resíduos orgânicos, como restos de alimentos e materiais vegetais, em composto rico em nutrientes para o solo. Uma maneira prática de implementar a compostagem é construir uma composteira no chão.
Para fazer uma composteira no chão, escolha um local adequado em seu terreno, de preferência próximo à horta ou ao jardim. Comece escavando uma área de aproximadamente 1 metro quadrado e 30 centímetros de profundidade. Em seguida, coloque uma camada de material vegetal seco, como folhas secas ou serragem, no fundo da área escavada.
Adicione uma camada de resíduos orgânicos, como restos de alimentos, podas de plantas e aparas de grama. Certifique-se de evitar adicionar carnes, laticínios e alimentos gordurosos, pois podem atrair pragas indesejadas. Em seguida, adicione uma camada de terra ou composto já pronto para fornecer microrganismos decompositores adicionais.
Repita esse processo, alternando camadas de material vegetal seco e resíduos orgânicos, até que a composteira atinja a altura desejada. Cubra a composteira com uma camada de terra para evitar odores e manter o equilíbrio adequado de umidade. Periodicamente, vire a pilha com uma forquilha para ajudar na decomposição e promover a aeração.
Benefícios da Compostagem
A compostagem oferece uma série de benefícios para a agricultura agroecológica. Primeiramente, ela reduz a quantidade de resíduos orgânicos que vão para aterros sanitários, diminuindo a poluição ambiental. Além disso, o composto resultante é um excelente fertilizante natural, rico em nutrientes essenciais para as plantas. Ele também melhora a estrutura do solo, aumentando sua capacidade de retenção de água e reduzindo a erosão. A compostagem contribui para a promoção da biodiversidade no solo, estimulando a atividade de organismos benéficos, como minhocas, que ajudam a manter a saúde do ecossistema agrícola.
Espirais de Ervas: Reaproveitando Telhas Coloniais
As espirais de ervas são outra técnica interessante para a agricultura agroecológica. Elas são estruturas em formato de espiral, construídas com pedras, tijolos ou, no caso sugerido, telhas coloniais reaproveitadas. Para criar uma espiral de ervas, comece marcando o contorno da espiral no solo e empilhe as telhas ao longo dessa linha, criando uma estrutura elevada.
Preencha a espiral com camadas de terra fértil misturada com composto orgânico. As ervas podem ser plantadas em diferentes níveis, dependendo de suas necessidades de luz solar e umidade. As ervas que preferem um ambiente mais úmido são plantadas nas áreas inferiores, enquanto as que se beneficiam de mais sol são colocadas nas áreas superiores da espiral.
Benefícios das Espirais de Ervas
As espirais de ervas oferecem diversos benefícios para a agricultura agroecológica. Elas permitem um uso eficiente do espaço, especialmente em jardins pequenos, e proporcionam fácil acesso às diferentes ervas plantadas. Além disso, a combinação de plantas em diferentes níveis cria um microclima favorável ao crescimento saudável das ervas, promovendo a biodiversidade e o equilíbrio natural. As espirais de ervas também podem servir como elementos estéticos, adicionando beleza ao jardim.
Conclusão
A agroecologia, através de práticas como a compostagem e a criação de espirais de ervas, apresenta soluções sustentáveis para a agricultura. A compostagem contribui para a redução de resíduos, melhora a fertilidade do solo e promove a saúde do ecossistema agrícola. Já as espirais de ervas, feitas de telhas coloniais reaproveitadas, fornecem um ambiente propício para o cultivo de ervas medicinais e culinárias, maximizando o uso do espaço disponível e promovendo a biodiversidade.
Ao adotar a agroecologia, estamos investindo em práticas que garantem a preservação do meio ambiente, a saúde do solo e a produção de alimentos de qualidade. Os benefícios da agroecologia se estendem não apenas para o presente, mas também para o futuro, à medida que buscamos soluções sustentáveis para as necessidades alimentares da população e a preservação dos recursos naturais. É essencial promover e incentivar a adoção dessas práticas em nossa sociedade, visando um futuro mais equilibrado e resiliente.
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Bruna Marcela Lima é a coordenadora do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero.
Danilo Souza Santana integra o apoio administrativo do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero como voluntário.
A cidade de Alto Paraíso de Goiás abriga uma rica tradição de conhecimento tradicional relacionado ao uso de plantas medicinais e ervas do cerrado. Os raizeiros desempenham um papel fundamental nesse contexto, preservando e transmitindo técnicas ancestrais de cura e promovendo a saúde da comunidade local.
Os raizeiros são detentores de um saber empírico que é passado de geração em geração, constituindo um valioso patrimônio cultural. Seu conhecimento abrange uma ampla variedade de plantas, raízes e ervas encontradas no cerrado, que são utilizadas para tratar uma diversidade de enfermidades e promover o bem-estar. Essas práticas têm sido fundamentais para a população local, especialmente em áreas onde o acesso à medicina convencional é limitado.
As técnicas utilizadas pelos raizeiros baseiam-se em observações minuciosas da natureza e em saberes acumulados ao longo dos anos. Eles conhecem os períodos de colheita, os locais onde as plantas medicinais se desenvolvem e os métodos adequados de preparo e utilização de cada erva. Além disso, entendem a importância de respeitar a sazonalidade das plantas, evitando o esgotamento dos recursos naturais e garantindo sua preservação para as gerações futuras.
Dentre as diversas plantas utilizadas pelos raizeiros, destacam-se as raízes, que possuem propriedades terapêuticas admiráveis. A raiz de barbatimão, por exemplo, é reconhecida por suas propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias, sendo utilizada no tratamento de feridas e problemas dermatológicos. Já a raiz de sucupira tem ação analgésica e anti-inflamatória, sendo eficaz no alívio de dores articulares e musculares. Esses são apenas alguns exemplos do vasto repertório de conhecimento que os raizeiros possuem sobre as raízes do cerrado.
As ervas também desempenham um papel importante na prática dos raizeiros. O uso da erva-cidreira, conhecida por suas propriedades calmantes, auxilia no tratamento de distúrbios do sono e ansiedade. Já a erva-baleeira, com suas propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, é utilizada no alívio de dores e inflamações. A diversidade de ervas presentes no cerrado oferece aos raizeiros uma ampla gama de opções terapêuticas, permitindo-lhes tratar uma variedade de condições de saúde de forma eficiente.
Nesse contexto, é fundamental destacar a importância do cidadão conhecido como Tom das Ervas. Tom é um raizeiro muito conhecido e respeitado na cidade de Alto Paraíso de Goiás. Sua dedicação em preservar e disseminar o conhecimento tradicional sobre as plantas medicinais do cerrado têm sido fundamentais para a promoção da saúde da comunidade local. Tom das Ervas tem desempenhado um papel ativo na conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente e no estímulo ao manejo sustentável das plantas medicinais, garantindo sua disponibilidade para as futuras gerações.
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Bruna Marcela Lima é a coordenadora do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero.
Danilo Souza Santana integra o apoio administrativo do Ponto de Cultura Memorial Bona Espero como voluntário.
Em 2023 nasce em Alto Paraíso de Goiás, no Setor Novo Horizonte, o Ponto de Cultura Memorial Bona Espero, na sede da Embaixada União Planetária, organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, parceira da Fazenda Escola Bona Espero.
A inspiração para a constituição desse ponto de cultura vem do trabalho de três alunas da Universidade Federal de Goiás, Amanda Ferreira de Torres, Cristiana Chamberlain Franco e Cristiane da Costa Meireles. Como ex-aluna da Fazenda, Amanda liderou um trabalho acadêmico que, com todo respeito, foi usado como base para a construção do projeto Memorial Bona Espero.
O relatório final, disponível neste link, apresenta os resultados do projeto de intervenção realizado na instituição de ensino Fazenda Escola Bona Espero, localizada na zona rural do município de Alto Paraíso de Goiás.
O objetivo principal do trabalho, desenvolvido pelas três alunas da especialização interdisciplinar em Patrimônio, Direitos Culturais e Cidadania, foi o de resgatar, registrar e divulgar a história e as contribuições da instituição no município desde a sua fundação em 1957, incluindo as questões da língua Esperanto, introduzida e utilizada nas ações da instituição, visando reunir e preservar o acervo cultural e a memória da Fazenda Escola Bona Espero de forma organizada; divulgar e promover o fortalecimento de sua identidade coletiva, bem como fomentar na cidade um efeito multiplicador sobre o valor das memórias.
Com esse fim, a partir de parceria e colaboração de membros da comunidade da fazenda escola, foram realizadas pesquisa bibliográfica, análise documental e entrevistas, que subsidiaram as atividades propostas. O projeto culminou com a implantação da casa de memória da Bona Espero e sua abertura à visitação pública, na Fazenda.
A Fazenda Escola Bona Espero, que ainda hoje realiza projetos sociais em parceria com outras instituições, teve e tem importante papel não apenas no desenvolvimento da educação da cidade, mas, também, no fortalecimento da identidade local e no sentimento de pertencimento do grupo de alunos que compartilha desse patrimônio, justificando-se, assim, as ações realizadas e aqui descritas.
Alguns anos depois, com a parceria da União Planetária, foi possível instalar, na casa da cidade, no Setor Novo Horizonte, o Ponto de Cultura Memorial Bona Espero, que abriga pequena parte da “casa de memória da Bona Espero”, também aberta à visitação pública. A iniciativa procura honrar a memória de Giuseppe Grattapaglia (1931-2023) e a vida de sua esposa Úrsula Grattapaglia, que, juntos construíram praticamente tudo o que se vê na Fazenda Escola Bona Espero, com dedicação e muito amor.
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Kaká Zinato - Maria do Carmo Zinato é gerente de projetos da União Planetária e contribui com a promoção positiva de organizações não governamentais sem fins lucrativos que buscam a promoção da paz.
Como chegar: Saindo de Alto Paraíso, dirigir pela GO-239 por aproximadamente 8 km em direção a São Jorge. A placa da entrada à Fazenda está à direita. Na estrada de chão, dirigir 4,2 km até a sede da Fazenda.
Local: Município de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil
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Fone: +55 (62) 99848-3307 (WhatsApp)
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